Nós, seres humanos, sentimos muita dificuldade ao ter que tomar decisões pensando em nosso futuro, um pouco mais a longo prazo. Uma parcela dessa dificuldade pode ser explicada dentro da Psicologia Econômica, através das chamadas “escolhas intertemporais” e viés do presente. Tais conceitos nada mais são do que uma dificuldade em tomar decisões cujos resultados estejam em tempos distintos, por exemplo poupar dinheiro para aposentadoria ou fazer uma viagem de final de semana! Temos tendência a buscar satisfação imediata, o chamado viés do presente. De certa forma estamos preservando o comportamento dos nossos ancestrais.
No tempo das cavernas, as pessoas precisavam se preocupar com a urgência de viver o hoje! Passado um certo tempo na história, as pessoas já não viviam mais em cavernas, mas ainda assim a expectativa de vida era muito baixa, cerca de 50 anos a menos do que hoje. Ou seja, a população não envelhecia e, por isso, não precisava se preocupar com essa fase desconhecida da vida.
Conclusão: a medicina evoluiu, as condições de vida melhoraram e os humanos passaram a viver muito mais. Porém continuam com dificuldades de se verem idosos. Consequência: a maioria das pessoas não se preparam para sua velhice.
O resultado disso hoje é medido nas pesquisas e tem como resultado o seguinte:
Reforma da Previdência
As discussões acaloradas sobre a Reforma da Previdência no ano de 2019, colocou em foco essa realidade. Além de as pessoas não estarem se preparando para essa fase da vida, correm o risco de não poderem contar com a fonte, até então certa, de benefícios concedidos pelo governo.
Na minha opinião, foi o primeiro contato da maioria das pessoas com o fato de que nós é que somos responsáveis pelo nosso futuro. Eu sempre acreditei que a responsabilidade de manter o padrão de vida pós aposentadoria fosse um dever nosso, e com isso nossa responsabilidade. Penso que deveríamos receber do estado o trio: saúde, segurança e educação.
A questão é que pensamos em um estado paternalista, cuja obrigação seria nos cuidar até o último dia de vida. Irreal e improvável, pois até mesmo o que seria devido não acontece. Sendo assim, eu torço para que uma boa reforma aconteça, diminua a desigualdade dos benefícios entre aposentados do funcionalismo público e privado e que cada um de nós aja para que o nosso futuro seja próspero.
Envelhecer bem
O que me intriga é que a geração atual é super preocupada em envelhecer bem! Com saúde e beleza! Ah, vejo também um desejo crescente de autoconhecimento e equilíbrio na vida. E pra falar a verdade, fico feliz por viver esse momento. Só não consigo entender muito bem porque finanças, dinheiro não entram nesse bolo. Afinal a falta de dinheiro prejudica muito nossa saúde e bem-estar! Muitas vezes, mexe com nossa estima e também com nossas relações. Mas ainda tem uma barreira muito grande a ser transposta.
É preciso falar de dinheiro e estabelecer ações concretas e reais para mudar essa realidade.
Torço e me coloco a serviço dessa mudança necessária. Precisamos encarar os fatos de que iremos envelhecer, e se Deus quiser, bem. Com disposição para viver a vida intensamente. Precisamos estar preparados financeiramente para manter nossa liberdade nessa fase de maturidade, que imagino ser plena! Meu lema é: dinheiro é sim um item de bem-estar! E como tudo o que buscamos para melhorar nossa qualidade de vida precisamos falar sobre nos informar, nos envolver e nos comprometer nos processos. É como atividade física: traz bem-estar e longevidade hoje, mas precisa movimento constante. Façamos da nossa jornada financeira um preparatório para uma maratona. Eu estou aqui para dar pitacos e ser um verdadeiro treinador para viver com você essa maratona!
Beijos e até a próxima!
Ka.
Saiba como posso te ajudar aqui http://karinavaladares.com.br/o-que-eu-faco/
a autora
Mãe, esposa, profissional de finanças e empreendedora. Dedico minha vida à consultorias financeiras pessoais, assessoria de investimentos e organização de rotina.