Pensar muito em dinheiro seria maravilhoso se isso resolvesse a nossa dificuldade em tomar sábias decisões com relação a ele
A maioria de nós pensa muito em dinheiro, pra ser honestos quase o tempo todo. O tipo de pensamento varia um pouco, mas estamos sempre ligados a ele. Pensamos: quanto temos; quanto precisamos; como ter mais dinheiro; como cuidar do que já temos; se temos o suficiente; se podemos viver com menos… Enfim, a lista poderia ser gigante!
Na verdade, tomar más decisões nessa área é o natural da nossa espécie. No automático as chances de algo dar errado são grandes!
Justamente por esse motivo é importante sabermos o impacto do dinheiro sobre nossos pensamentos e a partir disso nos “vigiar” para que as coisas fluam melhor, a nosso favor verdadeiramente.
No dia a dia tomamos decisões o tempo todo. Abaixo vou listar os tipos de decisões e algumas dicas de como conseguir acertar em cada uma delas:
1) Grandes decisões: são aquelas relacionadas a grandes aquisições como compra de imóvel, compra de veículo, transição de carreira, mudança de cidade e até mesmo de país, fazer ou não um MBA. Esse tipo de decisão exige um planejamento minucioso e análise criteriosa de pontos positivos, pontos negativos, viabilidade financeira, impacto de fluxo de caixa, custo de oportunidade e custo financeiro. Nesses casos temos de fato uma tendência a tomar uma decisão mais pensada. Conseguimos adiar um pouco mais e analisar melhor. Pelo menos é o que se espera nesses casos nos quais os impactos costumam ser grandes.
2) Pequenas decisões: compra de uma roupa, assinatura de uma revista, contratação de um novo app de músicas. Essas decisões são frequentes em nossas vidas, mas em geral possuem valor financeiro individual pequeno, o que nos faz negligenciar a necessidade de parar e pensar. Eu brinco que aqui pode morar o perigo, pois a somatória de vários valores pequenos pode se tornar um valor significativo. Por isso é preciso conhecimento de quais são essas despesas e se elas trazem prazer duradouro para terem espaço reservado em seu orçamento.
3) Decisões Recorrentes: são aquelas ligadas a hábitos que temos. Por exemplo o cafezinho após o almoço, o sorvete italiano após o almoço, as compras na padaria para lanches no final da tarde, aquela passada na adega do supermercado para ver as promoções da semana e por aí vai. Geralmente, também não paramos para pensar sobre essas decisões. Vamos pelo desejo de manter um hábito já instalado.
O que podemos fazer para modificar essas decisões que somadas podem impactar e muito os nossos resultados.? Anotar tudo o que consumimos é uma estratégia que eu acredito ser falha. Funciona bem nos 15 primeiros dias. Depois falha. Não dá.
O que recomendo é:
Controlar cada centavo pode ser economicamente sábio, mas é psicologicamente exaustivo. A vida fica chata demais!!!
Então, tenha conhecimento real sobre onde você tem falhado. Crie estratégias efetivas. Faça os pagamentos em dinheiro, respeitando o limite proposto. É preciso conhecer bem o que nos move, quais são os nossos impulsos, como a nossa cabeça funciona na tomada de decisão e ficar vigilante.
Somos seres racionais cujas decisões em sua maioria são tomadas de maneira emocional.
Queremos a todo custo economizar energia, evitar dores e aumentar o nosso prazer. Por isso vale a pena criar estratégias que te ajudem a economizar energia, sem prejudicar a vida como um todo!
Beijos e até a próxima!
a autora
Mãe, esposa, profissional de finanças e empreendedora. Dedico minha vida à consultorias financeiras pessoais, assessoria de investimentos e organização de rotina.