Cuidar da saúde é uma necessidade, porém muitas vezes só nos lembramos disso quando ela nos falta. Com dinheiro temos uma tendência a repetir esse mesmo comportamento, ou seja, só falamos dele quando ele está em falta!
Quase todos nós sabemos o que nos faz bem. Mas às vezes, no automático, optamos por não dar muita importância a esse tipo de preocupação e “nos jogamos” para ver no que vai dar. Os problemas financeiros, em sua maioria, se enquadram na categoria de questões que poderiam ser evitadas com um hábito simples: viver dentro das nossas possibilidades. Pode parecer tão óbvio quanto ter uma alimentação equilibrada, sono reparador e atividade física regular. Mas nós não somos racionais o suficiente para fazer apenas o que nos faz bem. Tomamos muitas decisões com base nas nossas emoções, até mesmo de maneira inconsciente, e isso nos leva ao adoecimento – físico, mental e financeiro.
Quando cheguei na fase adulta, como quase toda mulher, comecei a me preocupar mais com a balança, e claro que nessa “guerra” quase sempre somos perdedores. Pois entramos no sistema da escassez e quando as comportas se abrem é como estouro de boiada. Eu fiz váááárias dietas. Eu era famosa por fazer a dieta da USP a base de uma danada sopa. Na primeira vez eu perdi 8 kg, já na segunda uns 3 kg e lógico que dali por diante nada mais… Sempre que eu falava a palavra “dieta” a fome gritava e as coisas não saíam como planejado. Até que um dia fui a uma nutróloga que tinha um protocolo diferente. Ela me avaliou clinicamente, fez exames laboratoriais, e conversou muito comigo sobre qual era meu padrão de desejo e qual seria o possível. Depois disso, antes de mais nada, ela me encaminhou para uma nutricionista.
A nutricionista iniciava o trabalho mapeando quais alimentos eu gostava e com base nisso elaborava a sugestão de cardápio. Só que esse cardápio tinha o objetivo de facilitar as minhas escolhas. Ele não era uma fórmula pronta. Além disso a nutricionista fornecia várias novas formas de preparo, mais saudáveis, daqueles alimentos que eu amava. Tudo fez muito sentido pra mim, e desde então eu nunca mais lutei contra a balança e muito menos fiz dietas restritivas malucas. Sigo em paz, com uma rotina alimentar saudável e equilibrada.
E AS “FINANÇAS” NO MEIO DISSO TUDO?
Essa história tem muito a ver com a possibilidade de uma vida equilibrada financeiramente, pois pra isso também precisamos levar em consideração as nossas condições atuais, a nossa vida e como gostaríamos de vivê-la. Apenas restringir nunca será o caminho. Mas qualquer ação exige uma avaliação da atual situação e de onde se deseja chegar. Só assim torna-se possível definir o rumo e traçar um caminho. Muitas vezes durante essa jornada teremos que fazer concessões, mas estas terão um objetivo específico, o que nos dará forças. Além disso com base na realidade precisaremos elencar prioridades que funcionarão como “novas formas de preparo”.
O dinheiro está presente quase todo o tempo em nossas vidas. Ele é necessário. Mas finanças muitas vezes nos parece como ler bula de remédio. Não dá pra saber nem por onde começar. Isso nos dificulta muito!
COMO VAI SUA SAÚDE FINANCEIRA?
Durante o mês de setembro eu decidi falar muito nos meus canais de comunicação sobre Saúde Financeira. Foi um trocadilho, mas a minha ideia era trazer a importância de cuidarmos das nossas finanças, assim como nos preocupamos com nossa saúde física. E para que o assunto não tivesse a cara de “bula de remédio” cheio de termos técnicos, eu aproveitei para fazer um paralelo entre saúde física e finanças.
A maioria de nós quando trazemos desejos relacionados a nossa vida financeira estamos em busca de liberdade. A liberdade financeira, ou seja, a possibilidade de fazer escolhas por estarmos seguros em relação às nossas condições de mantê-las. É aquele momento em que você opta por fazer uma transição de carreira porque tem uma reserva financeira para garantir. Ou quando você opta por se matricular num MBA que te trará um super diferencial na carreira porque o dinheiro para o pagamento está provisionado. Ou ainda, quando você e seu esposo decidem que podem planejar um filho, pois sentem-se seguros para arcar com o futuro da criança. Isso é liberdade financeira!!!
Eu já percebi que o conceito de estar bem financeiramente é muito relativo. Para uma grande maioria não estar devendo é sinônimo de estar tudo bem. E para outros a coisa é ainda mais séria, pois não sabem nem mesmo se estão devendo.
É preciso haver equilíbrio entre viver bem hoje e estar preparado para o futuro de médio e longo prazo. Isso se traduz em:
Quando adoecemos, temos maior dificuldade de estar em equilíbrio. E como saber se estamos doentes? Vou citar abaixo algumas doenças e seus sintomas, assim como suas causas. Isso pode te ajudar a ficar atento e se necessário buscar ajuda “médica”.
Prevenir ainda é o melhor remédio! E nesse caso algumas atitudes são fundamentais:
Texto longo, mas necessário para conscientização de que o bem-estar financeiro provêm a partir de pequenas atitudes constantes e diárias. De que por mais dramática que possa estar sua vida financeira, existe solução. Alimente-se com uma boa dose de consciência, disciplina e de correta perspectiva sobre o que é curto e longo prazo e tudo dará certo!
Se precisar de ajuda para certificar-se do seu diagnóstico e correta medicação conte comigo, eu posso ser sua médica das finanças!
Beijos e até a próxima,
Ka.
a autora
Mãe, esposa, profissional de finanças e empreendedora. Dedico minha vida à consultorias financeiras pessoais, assessoria de investimentos e organização de rotina.