A preocupação com a formação das crianças está entre os primeiros itens de prioridade das famílias. Nesse texto você encontra dicas que podem te ajudar a se preparar para essa fase
No mercado financeiro você encontra instrumentos que podem auxiliar nesse planejamento. Mas, o fator determinante será a disciplina da família em se programar para fazer esse esforço de poupança.
A dica é: comece o quanto antes! Após o nascimento, quanto mais cedo você iniciar menor será seu esforço de poupança.
O objetivo de pagar a faculdade do seu filho deve ser um planejamento em média de pelo menos 10 anos. Suas preocupações nesse período devem ser:
Você deve estar pensando como resolver esses três pontos citados acima. Vamos, lá! Te explico:
#manter a renda que irá garantir essa poupança
Uma possível preocupação dos pais certamente é o risco da interrupção da renda por sua ausência ou invalidez. O seguro de vida com o filho de beneficiário pode ser um bom instrumento para eliminar esse risco. Nesse caso é aconselhável em conjunto com um Planejador Financeiro consultar um especialista em seguros e estabelecer coberturas adequadas tanto em caso de morte como invalidez total e parcial.
#Obter retorno real nos investimentos (ganho acima da inflação)
Sobre investimentos te mostro duas alternativas.
Esse investimento é um título público federal de renda fixa, cuja remuneração é composta por uma taxa de juros prefixada mais a variação da inflação (IPCA) paga no vencimento do título. São títulos garantidos pelo Tesouro Nacional com baixo risco de crédito.
Minha sugestão é que escolha um título com vencimento posterior ao início do curso. Você verá que existe a oferta de NTN-B Principal e outra que a nomenclatura é apenas NTN-B.
Diferença entre elas:
NTN-B Principal: os juros são pagos apenas no vencimento.
NTN B: paga juros semestralmente. Nesse caso os juros serão creditados em sua conta corrente e você deverá reinvesti-los a cada semestre.
Para o objetivo de formar poupança para pagar estudos no futuro mais distante a NTN-B principal é mais prática. Sua dinâmica de remuneração evita a necessidade de reinvestimento dos juros a cada semestre, e gera economia tributária.
Liquidez: O Tesouro IPCA permite resgates antecipados a qualquer momento.
Os planos de previdência privada são uma boa alternativa para quem busca uma aplicação no longo prazo. Eles são oferecidos por bancos, seguradoras e gestoras de fundos, e podem ser contratados em duas modalidades diferentes: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Mas, para que tudo vá de acordo com o objetivo da família temos que ficar atentos em alguns fatores, como o tipo de plano que vai te atender melhor (PGBL ou VGBL), o regime de tributação e, também, os custos do investimento
PGBL: a tributação no resgate incide sobre todo o montante (principal + juros). Ele é bom pra quem? Para as pessoas que fazem declaração de IR no modelo completo. Por que? Porque a pessoa pode deduzir o volume de aplicações nesse plano limitado a 12% da sua renda bruta. Qual a vantagem disso? Você diminui sua base de tributação de imposto de renda e: paga menos imposto ou até aumenta sua restituição. Essa dedução vale para contribuições em nome do contribuinte (quem paga o imposto de renda) e também em nome dos seus dependentes. Único detalhe é que o limite não é cumulativo.
VGBL: a tributação no resgate incidirá apenas sobre os rendimentos obtidos no período. Ideal para aqueles que declaram imposto de renda no modelo simplificado.
Taxa de administração: é a taxa cobrada diariamente, mas expressa anualizada (%a.a) pelo serviço prestado de gestão do investimento. Ela é que remunera a instituição que está gerenciando esses recursos para o investidor. Todo fundo de previdência tem essa taxa.
Taxa de carregamento: taxa que incide no momento que você faz o aporte e que pode “comer” grande parte do seu investimento. Fique atento que ela varia muito de uma instituição para outra. Em alguns casos existe também a taxa de carregamento de saída. Hoje já temos instituições que isentam o investidor dessa taxa na entrada e muitas vezes na saída se acontecer mais a longo prazo. Essa isenção faz muita diferença e te ajuda a conquistar seus objetivos mais rápido.
Exemplo: Você aplica mensalmente R$ 200,00 num fundo de previdência com uma taxa de carregamento de 2%. O valor que entra no seu fundo a cada mês é de R$ 196,00. Os R$4,00 é a taxa de carregamento.
# Minimizar o impacto dos impostos sobre o investimento.
NTN-B Principal
Esses títulos têm tributação pela tabela regressiva e após 2 anos a alíquota é 15%
Tabela regressiva para operações de renda fixa.
De 0 a 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Acima de 720 dias :15%
Previdência Privada
Em fundos de previdência não se incide o Imposto de Renda semestral come-cotas; ou seja, o IR, se aplicável, é cobrado apenas nos resgates ou pagamentos de benefícios.
Para investimentos de longo prazo sugiro adotar a tabela regressiva. Essa tabela pode chegar a alíquota mínima de 10%.
Para facilitar, segue a tabela:
Até 2 anos: 35%
De 2 a 4 anos: 30%
De 4 a 6 anos: 25%
De 6 a 8 anos: 20%
De 8 a 10 anos:15%
Acima de 10 anos: 10%.
Espero que esse textão tenha ajudado a esclarecer dúvidas quando o assunto for guardar para pagar estudos!
Se ainda tiver alguma dúvida, me escreva
Beijos e até a próxima!
a autora
Mãe, esposa, profissional de finanças e empreendedora. Dedico minha vida à consultorias financeiras pessoais, assessoria de investimentos e organização de rotina.