O que aprender a andar de bicicleta, mais velha, me ensinou sobre planejamento financeiro
Eu morava num bairro periférico durante a minha infância. Nós não tínhamos carro. Meu bairro não era atendido por transporte público. Minha rotina era ir pra escola, brincar na rua, fazer pesquisas na biblioteca e ir pras aulas de esportes no clube. Eu sonhava em ter uma bicicleta para que eu pudesse fazer todas essas coisas com agilidade e alegria que só um ventinho no rosto do andar de bicicleta pode propiciar!
Demorou, mas aconteceu e aos meus 11 anos eu ganhei minha Caloi Ceci rosa choque com cestinha! Maravilha!!! Mas…. eu não sabia andar e já com essa idade as bicicletas não vinham com rodinhas. Eu a empurrava até a casa da minha avó, mais ou menos 2 km de distância da minha casa para que a funcionária da minha tia me ajudasse a aprender. Pode parecer loucura, mas eu tinha certeza que todo o esforço e persistência valeria a pena! Aprendi e então ganhei asas.
Valeu todo o esforço e todos joelhos ralados. Finalmente eu estava livre para fazer do caminho sempre uma aventura.
Esses dias, numa conversa após o jantar, eu buscava entender o porque minha filha é totalmente desinteressada em aprender e curtir a bicicleta que ganhou aos 3 anos e meio. E quando revivi os momentos da minha infância sobre a minha bicicleta enxerguei com clareza.
Pra ela a bicicleta não tem funcionalidade. É mais um “evento” descer no play para andar de bicicleta ou ir para uma praça/parque andar de bicicleta. Ela não pode se aventurar pela cidade e descobrir novos caminhos. É muito mais um desejo nosso dela aprender, evoluir e tirar suas rodinhas do que uma expectativa dela de ganhar asas.
É assim com planejamento financeiro. Quando acreditamos que um planejamento é apenas ter um sistema de organização dos números é como a relação da minha filha com a sua bicicletinha!
Não traz liberdade, não serve para tomar decisões, talvez nem mostre o quanto estamos próximos de realizar nossos sonhos. Só dá trabalho preencher todos aqueles dados na planilha, aplicativo ou caderninho.
Planejamento que dura é aquele que tem funcionalidade. Que dá asas! Que te traz a sensação de liberdade com segurança. É como quando eu aprendi a dominar minha ceci e ganhar a cidade com ventinho gostoso no rosto.
Você já tentou algum tipo de planejamento ou sistema de organização das suas finanças pessoais e não funcionou? Sentiu que estava numa bicicleta de rodinhas presa num play andando em círculos?
Quero te ajudar a sentar com segurança na bicicleta sem rodinhas e se sentir apto a buscar um caminho que te permita encontrar novas paisagens e uma aventura gostosa pelo caminho. Então separei 6 dicas que te ajudarão a construir um planejamento que faça sentido e te auxilie a tomar melhores decisões!
E, lembre-se de que durante o aprendizado podem acontecer quedas e com elas machucados, mas faz parte do processo. E que, sempre será uma opção levantar-se e continuar o caminho se tiver certeza do que deseja alcançar!!!
Fique de olho por aqui pois sempre trarei dicas práticas sobre Planejamento Financeiro.
Beijos e até a próxima
Ka
a autora
Mãe, esposa, profissional de finanças e empreendedora. Dedico minha vida à consultorias financeiras pessoais, assessoria de investimentos e organização de rotina.